O Outubro Rosa é um movimento internacional para a detecção precoce do câncer de mama, criado no início da década de 1990, e tem por objetivo a sensibilizar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Assim como o Core-MG, durante o mês de outubro, diversas organizações, instituições de saúde, empresas e indivíduos se unem para promover a conscientização sobre o câncer de mama, oferecer informações sobre os riscos, sintomas, métodos de prevenção e exames de detecção, bem como apoiar as pessoas afetadas por essa doença.
De modo a fortalecer a campanha no Brasil, em novembro de 2018 foi sancionada a Lei n.º 13.733, determinando que durante o mês de outubro, anualmente, sejam realizadas atividades para a conscientização sobre o câncer de mama. Segundo informações do Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, — Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama, também ocupa a primeira posição em mortes por câncer entre mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
No Brasil, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), fazem um trabalho constante de conscientização, informação, apoio e prestação de serviços de saúde física e emocional, que vão de encontro ao acolhimento, aa prevenção, o diagnostico e tratamento do câncer de mama.
Criada em 22 de julho de 2006, durante o Seminário Visão de Futuro 2006-2015, promovido em São Paulo pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA), a FEMAMA luta nacionalmente por mudanças em políticas públicas que garantam melhor acesso e qualidade no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama para a população.
Baseado no conceito de EMPATIA, proposto pelo filósofo australiano Roman Krznaric, de que a empatia é capaz de curar relacionamentos desfeitos, derrubar preconceitos, nos fazer pensar em nossas ambições e até mudar o mundo, a FEMAMA traz como ponto norteador de sua campanha o slogan -Com mais Empatia, somos mais Vida.
Cientes de que o câncer de mama é um problema de saúde global significativo, e a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de tratamento bem-sucedido, nos do Core-Mg, trazemos algumas informações relevantes nesta publicação a fim de esclarecer, conscientizar e informar nossas estimadas Representantes Comerciais, sobre essa importante questão que diz respeito à saúde de todas as mulheres.
O que é o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a características próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são:
- Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
- Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
- Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
Como é feito o diagnostico?
Após suspeita da paciente, ou através de consulta preventiva, um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado por médicos para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.
A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.
Conheça os fatores de Risco do Câncer de Mama:
Não existe uma única causa para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante, mulheres com esses fatores genéticos têm risco elevado para câncer de mama, como veremos a seguir.
Fatores Comportamentais/Ambientais:
- Obesidade e sobrepeso, após a menopausa;
- Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana);
- Consumo de bebida alcoólica;
- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia, etc.);
- História de tratamento prévio com radioterapia no tórax.
Fatores da vida reprodutiva/hormonais:
- Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
- Não ter filhos;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Parar de menstruar após os 55 anos;
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
- Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos.
Fatores Hereditários/Genéticos:
- Histórico familiar de câncer de ovário, de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos e caso de câncer de mama em homem;
- Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
O Core-MG, reafirma que a luta contra o câncer de mama não é responsabilidade exclusiva das mulheres; é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade. Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença, e todos devem estar envolvidos na conscientização, prevenção e apoio.
A batalha contra o câncer de mama deve ser um esforço coletivo que envolve toda a sociedade, independentemente do gênero. Quanto mais pessoas estiverem cientes da importância da prevenção e do diagnóstico precoce, mais vidas podem ser salvas e a qualidade de vida das pessoas afetadas pela doença pode ser melhorada.
Para as mulheres, que compões o grupo de risco dessa doença, é muito importante praticar o autocuidado, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e ter um acompanhamento médico adequado.