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No balanço anual do Core-MG, muitas realizações em prol da categoria

No balanço anual do Core-MG, muitas realizações em prol da categoria

Em um ano de atividade, não foram poucas as realizações do Conselho dos Representantes Comerciais de Minas Gerais (Core-MG) em prol da categoria, como destacou o presidente da entidade, Álvaro Fernandes, durante a solenidade de comemoração do Dia Pan-americano do Representante Comercial e de prestação anual de contas da entidade.

O evento, realizado na sede do Core-MG, em Belo Horizonte, em 4 de outubro, contou também com a presença do presidente do Confere, Manoel Affonso Mendes de Farias Mello, do procurador  geral-adjunto do Conselho Federal, Izaac Pereira Inácio, do presidente do Core-SP, Sidney Fernandes Gutierrez e do diretor tesoureiro da entidade paulista, Dante Orefice Júnior, além de diretores do Core-MG e dos ex-presidentes Wellington Pedrosa e Maurício Ludgero Siqueira.

Entre as atividades e iniciativas desenvolvidos nos últimos 12 meses, Álvaro Fernandes destacou a ampliação dos canais de comunicação (entre eles, o site, o Portal da Transparência, a Revista, o Canal no Youtube e o grupo no WhatsApp), o combate à inadimplência e os protestos da dívida ativa e da contribuição tributária devida à entidade.

O presidente fez também um balanço dos principais projetos em andamento: Identidade em Mãos, Core Viajante, Representação em Debate, Capacitação Técnica em Representação Comercial, Atendimento Jurídico e Fiscalização Eficiente.

Confira, adiante, o detalhamento de cada um deles.

Perspectivas da economia para 2020

Na ocasião, o jornalista João Borges, da emissora a cabo Globonews e da Rádio CBN, proferiu a palestra “Questões econômicas e perspectivas do mercado para 2020 após a conclusão das reformas em tramitação no Congresso Nacional”. O evento contou com uma expressiva presença de profissionais da área e convidados em geral.

Confira a seguir os principais tópicos abordados por ele na palestra:

Recessão profunda

Na avaliação de Borges, o país nunca passou por uma recessão tão profunda e por um período também tão prolongado e sem perspectiva de recuperação.

Variação do PIB

De acordo com ele, pode-se considerar positivo o resultado o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano. De qualquer forma, o resultado do quarto trimestre será mais significativo em termos de perspectivas para o ano que vem. “Se entrarmos em 2020 voando muito baixo, o cenário será ruim. Mas, se o quarto trimestre sinalizar para um quadro mais favorável, como esperamos, o cenário para 2020 será mais positivo”, assinalou.

Taxa de desemprego

Desde 2015, na avaliação do jornalista econômico, o país enfrenta uma crise de desemprego muito expressiva, com um agravamento crescente, uma vez que, segundo ele, o desemprego praticamente dobrou em dois anos. O quadro tendo a ser menos grave, pois a população ocupada é crescente, ainda que sem emprego formal ou com carteira assinada.

Segundo ele, contudo, o indicador mais relevante para empresários, como parte dos que têm empresas de Representação Comercial, é um eventual crescimento na confiança na economia por parte dos trabalhadores que estão, efetivamente, empregados. “Este é o indício de que as coisas irão melhorar. Pois, atualmente, todos estão ainda adiando o consumo, ou seja, mantendo um comportamento defensivo diante das incertezas do futuro”, explicou.

Elevação da renda

Para Borges, portanto, o cenário será melhor para todos na medida em que a massa de 90 milhões de brasileiros empregados passam a ter uma perspectiva de elevação da renda. Essa maior confiança, somada à renda oriunda do esforço de cada um – mesmo no setor informal – irá criar as perspectivas positivas para 2020 e também para os próximos anos.

Inflação sob controle

O jornalista apontou ainda, como fator positivo neste eventual contexto de recuperação, o fato de a inflação brasileira se manter, pelo terceiro ano consecutivo, num patamar abaixo dos 3% ao ano. Este é um indicador relevante, uma vez que a inflação chegou a romper o patamar dos 10% em 2015.

Ele ressaltou que inflação baixa não é, necessariamente, característica de períodos de recessão. “O país já viveu cenários de recessão com inflação alta, por isso o quadro hoje é favorável a uma eventual, porém esperada, reação da economia. Avaliamos que, entre 2020 e 2022, a inflação não vai superar os 4% ao ano. Mas temos de ficar atentos, pois o Brasil ainda tem uma cultura da indexação muito forte. Quem tem margem para reajustar preços não pensa duas vezes. É preciso superar para sempre essa cultura”.

Estado quebrado

O especialista aponta outro grave gargalo da economia brasileira: o fato de o Estado estar, literalmente, quebrado. Segundo ele, “o país saiu de um cenário de superávit nas contas públicas, por volta de 2011, para um déficit que hoje atinge R$ 300 bilhões ao ano. Só na Previdência, temos uma despesa do INSS que cresce R$ 50 bi ao ano. Sabemos que a reforma da Previdência vai controlar o déficit, mas não eliminá-lo.”

Cenário externo

Na opinião de Borges, o contexto externo também não se mostra favorável com a política de desestabilização de Trump e sua visão de “american first”. Por outro lado, a Europa vive sob as ameaças de desequilíbrio do Brexit. Para ele, o mundo vive uma espécie de pavor de os EUA entrarem em uma recessão, fazendo com que o convívio democrático internacional seja cada dia menos possível.

Contexto político tenso

Borges avalia que, desde julho de 2013, quando manifestações de rua tomaram conta o Brasil, o país vive um quadro de tensão política crescente. Para ele, as eleições de 2014 ficaram muito mal resolvidas, resultando no impeachment de Dilma Rousseff dois anos depois. E a gestão de Temer foi, também, marcada por crises políticas constantes, ampliando o nível de tensão que perdura até hoje, no governo Bolsonaro. “Os ruídos que vêm hoje do governo e da política não são agradáveis”.

Agenda liberal de Guedes

“Temos de acreditar na agenda liberal do ministro Paulo Guedes. Afinal, o governo está quebrado. Seja Guedes ou seja outro o ministro, não temos como escapar de uma agenda liberal, marcada por privatizações. Essa agenda é uma imposição da própria realidade”, sugeriu.

Opção de investimentos

Borges teceu um cenário que poderá ser favorável ao Brasil, dependendo dos contextos econômico e político futuros. Segundo ele, existe hoje, no mundo, um montante de cerca de US$ 15 trilhões que está praticamente sem rendimento no mercado, em função dos juros negativos praticados por vários países do primeiro mundo.

“São recursos que estão disponíveis para serem investidos, o que seria uma grande oportunidade para o Brasil. Para isso, no entanto, o Brasil tem de oferecer condições especiais, como boa gestão econômica, maior segurança jurídica, estabilidade política e um bom ambiente regulatório”, ponderou.

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Presidente Álvaro: ‘Uma solenidade de importância dupla para todos nós


Confira trechos do discurso do presidente Álvaro Fernandes com destaque para ações do Core-MG nos últimos 12 meses:

Senhoras e senhores, essa solenidade tem importância dupla para todos nós. Estamos aqui para celebrar o Dia Pan-americano da categoria (cuja data simbólica foi na última terça-feira, 1º de outubro), bem como para prestarmos contas, ainda que de forma sintetizada, dos últimos 12 meses de gestão.

Como de costume, inicio destacando a importância da Representação Comercial e dos profissionais que labutam na mediação de negócios. Esse destaque já se tornou o meu mantra. É prazeroso enaltecer a nossa profissão. Saber que a maioria das empresas produtoras e distribuidoras Brasil afora só se constitui e cresce graças ao nosso trabalho é deveras recompensador. Por isso devemos nos orgulhar!! Por isso temos que nos valorizar!!

Ressaltamos que o Core-MG continuou, nos últimos 12 meses, a executar o seu programa gestor, com as inovações implementadas desde 2016 pela nossa gestão. Neste contexto, destacamos:

– Nossos canais de comunicação estão mais abrangentes e eficientes, atingindo um número cada vez maior de representantes comerciais. Fazemos informação em tempo real por meio do Site, do Portal da Transparência, da Revista, do Canal no Youtube e do WhatsApp. Essa amplitude de veiculação informativa é, sem dúvida, a maior da história da entidade e motivo de orgulho para a nossa atual diretoria.

– O evento de entrega da identidade ao novo filiado, denominado Identidade em Mãos, teve prosseguimento normal. Mensalmente, nos reunimos com recém-registrados da capital e da região metropolitana para repassarmos informações importantes acerca do Core-MG e da profissão. Já os recém-registrados do interior recebem ligações personalizadas dos nossos colaboradores das Delegacias, com o mesmo objetivo de orientação profissional. No decorrer dos últimos 12 meses, nos reunimos com e informamos, através do ‘Identidade em Mãos’, mais de 300 novos representantes comerciais.

– O Core Viajante, em consonância com outros dois programas de trabalho, denominados Representação em Debate e Capacitação Técnica em Representação Comercial, serviu, nos últimos doze meses, a todas as regiões do nosso Estado. Dialogamos com centenas de profissionais da representação comercial em toda Minas Gerais e os capacitamos. Ao encerrar o programa de 2019, mais de 200 Representantes Comerciais terão passado pela capacitação. 

– Se somarmos os dois projetos criados e executados por essa gestão, nestes últimos 12 meses (Identidade em Mãos e Core Viajante), foram mais de 500 Representantes Comerciais capacitados e informados sobre os seus principais direitos e deveres e sobre novas técnicas de vendas. É mais um marco de extrema importância para esta casa e para a categoria.

– O Atendimento Jurídico, um serviço especializado, diferenciado e à disposição dos profissionais registrados no Core-MG. Foram realizados, nos primeiros nove meses de 2019, aproximadamente 600 atendimentos, a maioria relativa a rescisão de contrato, seguida por análise de novos contratos e alterações contratuais, além de cobranças extrajudiciais para conciliação de acerto rescisório, que já somam quase 50 neste período.

– A fiscalização profissional, como objetivo legal e fundamental desta casa, realizou autuações e notificou centenas de empresas em exercício ilegal da atividade. De janeiro até setembro deste ano, foram mais de 1.100 empresas fiscalizadas, grande parte por meio da visita e da orientação da nossa equipe de fiscalização, na capital, região metropolitana e interior.

– E uma novidade: implantamos, a partir de setembro, a Fiscalização Eficiente, com a utilização de tecnologia, via plataforma de dados de empresas em atividade, o que facilitará a localização e agilizará a abordagem da nossa equipe, trazendo para o desempenho da fiscalização, sem dúvida, mais eficiência.

– O combate à inadimplência também segue com a rigidez adotada por nossa gestão, especialmente a partir de 2016. Não é justo que apenas uma parcela contribua para toda a categoria. Por isso, continuamos a priorizar os lançamentos em dívida ativa e, consequentemente, a intensificar as execuções fiscais. Só nos últimos 12 meses, milhares de autos de infração foram enviados, fazendo com que a dívida ativa administrativa chegasse a quase R$ 7,5 milhões.

– Deste total, mais de R$ 4 milhões já estão em procedimento de execução fiscal. É patrimônio do Conselho e da categoria que, legalmente, e de forma gradativa, estamos recuperando.

– Ainda sobre o combate à inadimplência: estamos, desde o final de 2017, realizando o protesto da dívida ativa. É outra frente de recuperação de crédito. Através de convênio não oneroso com o Instituto de Protestos do Brasil, regional Minas Gerais, estamos levando a protesto inúmeros representantes comerciais lançados em dívida ativa. O representante inadimplente, de todos os municípios de Minas Gerais, já está recebendo em sua porta um oficial do cartório de protesto com um comunicado em mãos informando que o Core-MG protestou sua dívida.

– Por sua vez, o protesto da contribuição tributária devida à entidade é mais uma forma de mostrar ao representante inadimplente sua obrigação para com a categoria. Até o final do mês de setembro deste ano, mais de 600 representantes inadimplentes tinham sido protestados.

– É, e continuará sendo, nosso primeiro objetivo, registrado desde o início da nossa gestão, e também nos últimos 12 meses, o compromisso com o trabalho em prol da entidade e a busca da valorização da Representação Comercial. Somos representantes comerciais, incansáveis e vitoriosos. Estamos diretores, conscientes e persistentes na representação da categoria.

Por fim, reitero a nossa determinação de que o trabalho, em parte aqui relatado, continuará no decorrer dos próximos 12 meses, a fim de que tenhamos uma Representação Comercial cada vez mais, e merecidamente mais, valorizada!!!

Viva a categoria mais laboriosa desse país!!!! Viva a Representação Comercial!!!! Muito Obrigado”.

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